Na homify, propomo-nos a dar a conhecer os melhores projectos nacionais e a estabelecer uma ponte entre os profissionais por eles responsáveis e os nossos leitores. Hoje, é até Lisboa que vamos para lhe mostrar quatro projectos de interiores, levados a cabo pelo gabinete OW Arquitectos. Todos estes trabalhos têm características muito próprias que obedecem ao estilo dos edifícios e às preferências dos clientes. Esta qualidade denota a versatilidade dos arquitectos da OW.
A OW Arquitectos foi criada em 2005 como empresa luso-angolana. O atelier conta com uma equipa multidisciplinar, que entende a arquitectura como uma arte que surpreende e cria emoções
, contribuindo, em simultâneo, para o bem-estar das pessoas. O gabinete desenvolve todas as fases do projecto, seja ele de pequena ou de grande escala. A simplicidade é o mote. E funciona.
Ora veja.
Quando pensamos em Carcavelos, a imagem da costa vem-nos logo à mente. A Praia de Carcavelos é, afinal de contas, a mais popular do litoral de Lisboa, sendo dotada de um areal dourado e de excelentes condições para a prática de surf.
Ao olharmos para a sala comum deste apartamento, somos, de certa forma, remetidos para a atmosfera típica de uma casa de praia, desde logo devido ao uso de fibras naturais que são tendência e aparecem no tapete, na cadeira que complementa o sofá, e no abajur do candeeiro. As fibras naturais são perfeitas para criar um ambiente orgânico e ligado à natureza.
A zona de refeições, ao lado da janela, beneficia do fluxo de luz natural que inunda este espaço e permite aos moradores desfrutar da paisagem, enquanto saboreiam as refeições.
Há, de facto, muita beleza na simplicidade.
O quarto segue o estilo da zona comum do apartamento, com uma decoração despojada que percorre tons neutros. As almofadas, com capas verde menta, são as únicas notas de cor neste espaço. O elemento mais interessante é, todavia, o candeeiro de tecto que consiste numa trave de madeira abraçada pelos cabos dos pingentes de luz. É, sem dúvida, uma peça statement.
Prosseguimos para um apartamento na Ajuda que foi, à semelhança do anterior, remodelado pela OW.
A sala comum integra a zona de refeições, de estar e a cozinha. A primeira acomoda uma mesa túlipa, com tampo em vidro, rodeada por cadeiras de estilo escandinavo. O candeeiro preto de tecto cria uma ligação com o pé da mesa, em termos de estilo e de cor.
Os acabamentos são em estuque pintado de branco. Para o chão, escolheu-se pavimento flutuante em madeira clara.
A zona de refeições, com kitchenette e área de arrumação embutida, é ampla e organizada. O mobiliário de cozinha exibe um design simples e funcional. Escolheram-se armários em madeira lacada a branco, que dialoga com a estética moderna do apartamento e tira partido da luminosidade.
De acordo com os arquitectos, a utilização de tectos falsos construídos com placas de gesso cartonado, para além de transformar o espaço e de criar ambientes diferenciados, permite esconder elementos inestéticos como as vigas e as tubagens.
A kitchenette é pequena, mas extremamente funcional. Privilegiou-se um design simples e moderno e tirou-se partido da abertura da mesma para a sala comum, o que faz sentido neste apartamento T0, onde não existem limites físicos óbvios. O branco foi a cor escolhida, mas a tábua em madeira para a preparação de alimentos confere um toque caloroso ao conjunto.
O terceiro projecto diz respeito à remodelação de um apartamento dos anos '60, situado no famigerado bairro do Restelo. O apartamento foi comprado por um casal com dois filhos.
A planta existente era fiel ao estilo de vida de uma família de classe média-alta de há 50 anos. A casa era muito compartimentada e as divisões exíguas. Estava, portanto, desactualizada. Os clientes, pelo contrário, queriam um espaço luminoso onde não faltasse arrumação e funcionalidade.
Na imagem acima, vemos a sala, um dos espaços sociais que antecede as zonas privadas. O chão, em madeira, atenua a frieza das paredes brancas e preserva a essência deste apartamento com mais de meio século. A decoração mistura peças modernas—como a unidade de televisão e a cadeira Barcelona de Mies van der Rohe e Lilly Reich—com outras mais retro—como o sofá aveludado com estofos azul-petróleo e a mesa e cadeiras da zona de refeições.
Na casa de banho social, sobressai a pia em mármore Lioz que foi trazida de um outro apartamento dos mesmos clientes e que acaba por servir como apontamento e referência à época do edificado. O Lioz ou pedra lioz é um tipo de calcário raro, extraído da região de Lisboa e arredores, designadamente do concelho de Sintra.
Terminamos com os espaços interiores de uma moradia unifamiliar que faz parte de uma faixa de seis casas, projectadas em banda, em Setúbal.
O piso térreo é fluido, no que toca à organização das divisões. Começamos pela cozinha, onde foi colocado um chão de cerâmica cinza escuro que é resistente, fácil de limpar e que contrasta com os armários brancos, dispostos frente a frente.
O espaço de arrumação é abundante. A parede do lado direito foi, aliás, totalmente aproveitada para o efeito. A madeira cor de mel da janela repete-se nas bancadas e oferece aconchego ao espaço.
A sala comum ainda não está mobilada e decorada, mas o potencial é evidente. A área ampla abre-se para o logradouro, a tardoz, onde se encontra um jardim com piscina que é apenas acessível pelo interior da casa. As escadas vazadas e o corrimão desenhado à medida, têm um impacto soberbo na sala.
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