Your browser is out-of-date.
To get a better experience with our home designs, please download other browsers for free. Just click on the icon!
É a Guimarães—distrito de Braga—que hoje vamos para partilhar consigo o projecto de reabilitação de uma ruína, que foi transformada numa moradia unifamiliar. O passado e o presente encontraram-se neste imóvel, no qual as linhas depuradas e honestas da arquitectura moderna dialogam com a robustez e a rusticidade da pedra que compõe a ruína.
A reabilitação é da autoria da Limit Studio, um gabinete de arquitectura bracarense, que assenta o desenvolvimento dos projectos em três premissas fundamentais: o contexto, o cliente e o arquitecto. Os profissionais procuram imprimir nos seus trabalhos coerência, clareza, simplicidade, eficiência, durabilidade, elegância e beleza
. Prova disso é a Wall House, a casa que nos preparamos para conhecer.
Acompanha-nos?
Como uma fénix renascida das cinzas, também esta casa se ergueu a partir de uma ruína, o que lhe garantiu uma personalidade e materialidade muito peculiares. A planta angular resulta de duas necessidades: integrar a ruína na nova habitação e adaptar o novo edifício ao formato triangular do terreno que o acolhe. Os arquitectos não pretenderam recriar os espaços que as pedras da ruína delimitam, mas sim aceitá-los e incorporá-los passivamente na casa nova, que tem a sua própria identidade.
Como se percebe pelas imagens tridimensionais geradas pelas Limit Studio, tirou-se partido do desnível entre a rua e o terreno para afiançar a privacidade da moradia . Os arquitectos optaram por abri-la a sul aproveitando, assim, a exposição solar e a paisagem circundante. O betão aparente, de acordo com os profissionais, surgiu como ideia de apropriação da ruína pré-existente, visto que o seu carácter permite a consolidação desta
.
O betão aparente aparece amiúde nos projectos modernos, sobressaindo pelo impacto visual que produz. Para além de sustentável, é, enquanto material de construção, resistente e durável. No entanto, as qualidades utilitárias e estruturais não ofuscam o modo criativo como, actualmente, os arquitectos o usam.
A casa, de 100 m², está licenciada como tendo um quarto, uma casa de banho, uma sala e uma cozinha. As divisões foram, por este motivo, reduzidas ao mínimo, havendo uma parede que separa a sala em relação ao quarto, mas que não fecha por completo os espaços, tampouco tem portas. A única porta é, na verdade, a da casa de banho. Todavia, tendo em conta a área de construção disponível, era viável a construção de mais um ou dois quartos.
A proposta para a decoração segue o estilo minimalista do exterior. As madeiras claras vêm suavizar a presença fria do betão e da pedra e gerar uma atmosfera mais aconchegada e intimista. A lareira aquece o ambiente e dá para dois lados: o núcleo social e o quarto.
Venha ver como funciona.
Eis o lado do quarto que é, também, servido pela lareira de dupla face: uma solução engenhosa que se adequa especialmente bem a casas que não são muito grandes, funcionando como foco central de disseminação de calor.
A cama encontra-se ligeiramente desviada da lareira, podendo-se desfrutar do calor que dela advém, mas não de forma directa, sob pena de se tornar desagradável. A iluminação, subtil e difusa, convida ao descanso. A par com a iluminação, as madeiras e os têxteis confortáveis são fundamentais para que a frialdade do betão e da pedra não tomem conta do ambiente.
Por fim, deixamos aqui a planta da casa para ter uma melhor percepção das divisões.
Caso pretenda saber mais informações sobre este projecto, basta contactar os profissionais da Limit Studio.
